Diário da Região -A sociedade atual define, muitas vezes, realização pessoal como um bom emprego, dinheiro e sucesso. Na realidade, o que a pessoa precisa para realizar-se?
Wilson Santos – Realização pessoal, como também sucesso, são relativos. O que representa sucesso para uns pode perfeitamente não representar absolutamente nada para outros, e é comum as pessoas perguntarem qual o segredo do sucesso. A resposta a essa pergunta é simples: não existe segredo. Na realidade há um conjunto de atitudes e comportamentos que levam o indivíduo ao sucesso e a motivação é fator importante nesse processo. É preciso um motivo para a ação. Dificilmente um indivíduo desmotivado alcançará o sucesso.
DR - Qual a relação do homem e da mulher atuais com o fracasso?
WS – Não é uma questão onde possamos separar a figura do homem e da mulher, mas sim abordar o indivíduo, o ser humano. Vivemos num mundo globalizado, com exigências e concorrência crescentes, e isso faz com que as pessoas se sintam frustradas facilmente diante do fracasso, desmotivadas principalmente pela exigência do atendimento imediato de suas aspirações e necessidades cada vez mais crescentes. Vivenciamos uma era delivery, do clicou e achou, do clicou e recebeu, e qualquer não atendimento de uma “necessidade” ou solicitação imediata de si ou de outrem provoca infelicidade, que se traduz automaticamente na sensação do fracasso.
DR - Por que as pessoas são formadas, muitas vezes, para serem verdadeiros super-heróis?
WS – A sociedade, no fundo, e automaticamente as pessoas, não admite a hipótese do erro. A sociedade quer indivíduos fortes, capazes de superar todos os obstáculos como se tivessem têmpera de aço. Errar é feio, menor, é sinônimo de fracasso. A sociedade admira os vencedores, as celebridades, mesmo as celebridades imediatas. As pessoas se esquecem de que o erro faz parte da vida e que se aprende muito mais com os erros do que com os acertos. É preciso entender que o processo de tentativa e erro, até se chegar ao acerto, faz parte do processo de aprendizagem e crescimento do ser humano. É preciso cobrar menos de si próprio em alguns aspectos da vida. A síndrome do super-herói, esse paradigma, deve ser quebrado.
DR - Qual a importância de estabelecer quais realmente são sonhos próprios e quais são projeções que temos dos nossos pais, dos amigos ou de pessoas queridas?
WS – Não mais vivemos na época dos nossos pais ou avós e ouvíamos “meu filho vai ser médico, engenheiro, advogado, padre”, quando alguém decidia o que iríamos ser, mesmo a contragosto ou sem qualquer interesse ou vocação para isto ou aquilo. O mundo mudou rapidamente e radicalmente, e qualquer adolescente bem orientado já decide aquilo que deseja ser no futuro. A importância disso é que o indivíduo, ao decidir conscientemente o que deseja ser está direcionado à realização de seus sonhos, com maiores chances de sucesso na vida e a família é fator primordial nesse processo incentivando, apoiando e orientando.
DR - Quando a preocupação com a imagem ultrapassa os limites?
WS – Quando o indivíduo quer aparentar aquilo que não é, seja supervalorizando ou desvalorizando sua imagem pessoal através de atitudes e comportamentos inadequados.
DR - Como mudar as escolhas depois de uma vida inteira apenas fazendo o que se esperava que se fizesse e perseguir os próprios sonhos?
WS – Certamente, isso não é tarefa fácil. Mas uma das coisas que considero mais importantes na vida de qualquer indivíduo é a realização do seu sonho e o primeiro passo para isso é fazer a si mesmo a pergunta que alguém nos fazia quando crianças e projetávamos a visão de nosso sonho no futuro: O que você quer ser quando crescer? A partir dessa pergunta tão comum é que o indivíduo identifica os motivos mais profundos de suas aspirações e estabelece seus objetivos, as metas e, o mais importante, age de forma consistente e adequada para a materialização de sua visão de futuro, porque o sucesso é ser feliz, e isso vale a pena.
Obrigado pela entrevista, foi bom colaborar com você.
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Adoro cinema, filmes de todo gênero. Aventura, suspense, drama, policial, documentário, épico, cult, ficção ou baseado em fatos reais. Apesar de não ser profundo conhecedor da Sétima Arte, fico fascinado pelas histórias, cenários e tramas. Desenho animado? Isso é o máximo! Pica-pau, Popeye, Tom & Jerry...E os Flintstones, que viveram antes de Cristo e comemoravam o Natal? É, coisa da imaginação, da fantasia infantil e despretensiosa... |
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